Vídeos engraçados e muitas vezes sem sentido não são uma invenção nova. Com certeza você já deu risadas das Pegadinhas do Domingão do Faustão alguma vez na sua infância. A grande diferença é que agora nós temos as redes sociais para espalhar todo e qualquer tipo de conteúdo numa velocidade instantânea. O antigo “boca a boca” está cada vez mais rápido e dinâmico.
É assim que surgem os vídeos virais. Aqueles como “Gangnam Style” ou “Harlem Shake”, só para citar alguns dos exemplos mais recentes, aparecem sem que você saiba exatamente de onde, mas, quando menos espera, já estão com milhares de visualizações no YouTube. Através das redes sociais, principalmente o Facebook (site mais acessado no mundo em 2012), esses vídeos agem como um “vírus”, se espalhando pela rede em uma velocidade nunca antes possível.
Nesse novo cenário, é claro que o mundo publicitário não iria deixar essa oportunidade escapar. Muitas empresas já perceberam o potencial do uso de vídeos e conteúdos virais para expor suas marcas e produtos. Nos últimos anos diversos exemplos desse tipo de publicidade foram divulgados nas redes sociais. Pelo menos dois casos, um com resultado positivo e outro nem tanto, merecem certo destaque.
Batman: O Cavaleiro das Trevas. Mais que um viral, uma mobilização nacional.
Video que resume toda a enorme campanha publicitária do filme
Talvez o exemplo mais bem sucedido de conteúdo viral para exposição de uma marca tenha sido a publicidade realizada em torno do segundo filme da série Batman, lançado em 2008. A campanha do filme durou mais de um ano e expandiu a interatividade dos usuários para além do mundo virtual. Iniciada em julho de 2007, começou com a criação e divulgação de sites de Gotham (cidade fictícia das histórias do Batman). Expandindo a campanha, um novo site solicitava fotos de fãs fantasiados de Coringa (o vilão do filme). Todos que enviaram as fotos recebiam kits de maquiagem, cartas do Coringa e até um jornal fictício do The Gotham Times. Mais sites foram lançados, sempre possibilitando a interação com o público. Por fim, foi produzida outra caçada em diversas cidades do mundo (inclusive São Paulo), cujo objetivo era ir até um local específico onde eram entregues uma bolsa e uma bola de boliche que liberavam mais informações exclusivas, incluindo um novo site. Até o final da campanha foram lançados mais de 100 sites, jogos interativos e videos, contando com a participação de mais de 10 milhões de pessoas em 75 países.
O outro lado da moeda: a campanha da Nokia que gerou grandes controvérsias.
Primeiro video da campanha viral da Nokia.
Segundo video da campanha. Só então é possível perceber que se tratava de um video promocional
Em 2012, um vídeo em especial fez grande sucesso nas redes sociais, mostrando um homem visivelmente abalado, que diz que encontrou a mulher dos seus sonhos na balada, mas acabou perdendo seu número. No fim do vídeo, ele pede a todos que tenham assistido ao vídeo que o ajudem a encontrá-la. Depois de aproximadamente um mês, um segundo video foi publicado. Dessa vez, o mesmo homem aparece recebendo uma ligação de alguém que diz ter encontrado sua alma-gêmea. É só no final do video que aparece o logo da Nokia, mostrando que toda aquela história tinha sido apenas uma publicidade.
Apesar de ter sido visualizada por mais de 80 mil pessoas, a publicidade não foi completamente aceita. Parte do público se sentiu enganado, e isso ficou refletido na página do segundo vídeo da campanha, onde a maioria das pessoas diz não ter gostado do fim da história.
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